Poços, tanques e lagos também fazem parte desse sistema hídrico tão importante para a vida na região. A famosa fábrica de tecidos Bangu, cujo nome era Companhia Progresso Industrial do Brasil e hoje no local funciona o shopping Bangu, foi aberta em 1889. O bairro de características rurais foi se modificando e tornou-se um bairro proletário, voltado para atender à fábrica. As águas usadas na fábrica vinham do maciço da Pedra Branca, onde ainda é possível visitar as ruínas do aqueduto. Havia um sistema de captação de água composto por duas represas, um reservatório de pedras, calhas e tubulações de ferro fundidas. É possível ver também as ruínas do casebre onde ficavam os antigos funcionários da fábrica que faziam a manutenção do grande tanque.
Além dos rios, as árvores são importantes referenciais locais. As árvores frutíferas, a exemplo do caqui, manga, banana e outras, possibilitaram a extração e comercialização. Na região, destaca-se também o grande Jequitibá, avistado de longe, como referência geográfica da região, por onde passam caminhos e onde há roças ao seu redor. As formações rochosas de destaque na vertente norte do maciço da Pedra Branca são: a pedra do Índio, a pedra do cruzeiro, a pedra do carvalho, dentre outras. Importante destacar também o pico da Pedra Branca como ponto de unidade entre todos os habitantes do maciço, cujos caminhos e formas de vida os aproximam.
As formações rochosas são referências da geodiversidade local e das atribuições de sentido e significados, que demarcam espaços e lugares sociais. A pedra do Cruzeiro recebeu este nome em função do grande cruzeiro nela fixado pela Missão Popular da Paróquia São João Evangelista. Outro exemplo muito citado pelos moradores foi a pedra ou Toca do Índio, que está localizada no caminho que leva até o Jequitibá e possui pequenas escavações (ou buracos), as quais os moradores acreditam que eram utilizadas pelos indígenas para guardar utensílios.
Alguns moradores afirmam também que há outra caverna com transcrições indígenas. Consiste em um possível sítio arqueológico que poderia ser estudado a partir desse olhar, mas, de toda forma, segue sendo um local de referência popular da presença indígena na região. Os morros também podem ser considerados uma herança cultural identitária, que demarca a região, cujos nomes se relacionam historicamente com o habitar, manejar, cultivar e caminhar dos moradores. Morro dos Caboclos, morro da Bela Vista, morro da Antena, morro do Carvalho, dentre outros.